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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Para saber mais.

Qual a origem do cê cedilha?




O Mestre em Língua Portuguesa Carlos Moreno, do site “Sua Língua”, afirma que o cê cedilha foi criado na Espanha.



Segundo ele, alguns textos escritos em espanhol arcaico, apresentam o encontro consonantal CZ. Com o tempo, o Z deste encontro transformou-se em uma perninha colocada sob o C, designando o mesmo som.



O próprio nome “cedilha” remete a esta origem: ele é um zê diminuído. O zê no espanhol antigo era chamado de “zeda” ou “ceda” (mais o sufixo diminutivo “illa” – “ilha” em português).



Carlos Moreno afirma que na versão original do livro Dom Quixote, escrita em 1605 por Miguel Cervantes, o nome do escudeiro aparecia como Sancho Pança. O português adotou a letra no século XV e a utiliza apenas antes das vogais
A, E e O, no meio de palavras, para representar o som do S.



O romeno e o turco moderno também adotam o sinal.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ditos gaúchos

-Mais perdido que cebola em salada de frutas

-Mais pesado que sono de surdo

-Calmo que nem água de poço

-Mais amontoado que uva em cacho


-Mais perdido que cachorro em dia de mudança

-Mais perdido do que cusco em procissão

-Mais faceiro que guri de bombacha nova

-Mais por fora que casca de ovo

-Feliz que nem lambari de sanga

-Mais atirado que alpargata em cancha de bocha

-Mais baixo que vôo de marreca choca

-Mais bonita que laranja de amostra

-De boca aberta que nem burro que comeu urtiga

-Extraviado que nem chinelo de bêbado

-Mais faceiro que mosca em tampa de xarope

-Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro

-Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro

-Quente que nem frigideira sem cabo

-Bobagem é espirrar na farofa

-Mais gorduroso que telefone de açougueiro

Fonte: internet

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Curiosidade

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras

etejasm no lgaur crteo.

O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol,

que vcoêanida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa,

mas a plravaa cmoo um tdoo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Despedida


Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.


Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disseram que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K, o W "Kkk" pra cá, "www" pra lá.


Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...


Nos vemos nos livros antigos. saio da língua para entrar na história.

Adeus,
Trema
Fonte: internet

segunda-feira, 14 de março de 2011

Catálogo de chatos

Vou publicar hoje vários tipos de chatos que cataloguei no cotidiano da cidade:

CHATO QUEBRA-AGENDA – É aquele chato que tão pronto topa com você vem logo pedindo: “O senhor me concederia 30 minutos do seu tempo?”

CHATO SEMÂNTICO – É o chato que está conversando todo o tempo com você sem prestar atenção no mérito do que você diz. Ele só presta atenção no português que você usa. E, quando você incorre num erro, ele interrompe sua fala para salientá-lo e corrigi-lo. Dá vontade de dar um murro nesse tipo de chato. Quero informar num acesso de humildade que por vezes incorro nesse tipo de chatice.

CHATO DO ADIANTO – É aquele jornalista que escreve uma ótima matéria para seu jornal, antes de baixála para a edição fica mostrando o seu golaço a todos os colegas da Redação que encontra. Todos são obrigados a ler, isso que vão ter de ler novamente quando o texto for editado. Quero confessar que cometo esse tipo de chatice todos os dias.

CHATO ETÁRIO – É aquele chato que, na conversa, fica espreitando tudo que você fala para achar a oportunidade de manifestar a sua ancestral chatice, basta que você lhe conceda a deixa na conversa e ele ataca: “Qual é a sua idade?” E logo compara a sua idade com a dele, as vantagens e desvantagens. Muitas vezes incido nesse execrável erro.

CHATO AUTORAL – É o ótimo cantor a quem você vai ouvir no teatro ou na casa noturna, pagando até ingresso muitas vezes para vê-lo, mas chega lá e é obrigado a ouvir várias músicas que ele compôs. Ora, a gente vai lá para ouvir um excelente cantor, não ouve, acaba ouvindo um péssimo compositor. Em Porto Alegre é freqüentíssimo na noite esse tipo de chato abominável. O oposto a esse chato é o grande compositor que é péssimo cantor, mas insiste em interpretar todas as suas músicas. Esse tipo de chato é relevado pela curiosidade que se tem sempre de ouvir a criação na própria voz.

CHATO COSMOPOLITA – É aquele para quem, numa roda de conversa ou numa qualquer reunião, basta que surja a oportunidade no assunto para que intervenha: “Em Paris, uma vez deu-se isso comigo…” Logo a seguir: “Toda vez que vou a Nova York nunca deixo de ir jantar no Alfredo”. E mais adiante: “Em Túnis, uma vez, aluguei uma Mercedes e me dirigi para Cartago, distante uma hora e meia de carro”. Esse tipo de chato se caracteriza por gastar uma fortuna em viagens só para depois infernizar os outros com seus relatos.

CHATO DO INSUPERÁVEL – É o sujeito que, numa Redação do jornal, numa roda de médicos ou engenheiros ou de advogados, submete o seguinte ao chefão: “Estou de posse de um trabalho magistral, você quer aproveitá-lo?” E o chefão pergunta: “De quem é o trabalho”? E o chato responde: “Meu”.

(Crônica publicada em 10/01/2006)

Paulo SanAna

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Contos de fadas

Você já pensou em como deve ter sido a vida das personagens das histórias dos contos que vivem na nossa imaginação desde aqueles bons tempos de infância ?


A Cinderela, chegou aos 4o anos e perdeu contato com a fada-madrinha que tinha feito aquele belíssimo trabalho na noite do baile.
Olhando-se no espelho não acredita que está vendo rugas, manchas e os sinais do tempo. Então, não resiste aos apelos e principalmente as ofertas das revistas e faz um acordo com o cirurgião plástico: na próxima história, a clínica substituirá a varinha mágica.


A Branca de Neve, depois de cuidar os 7 anões por tanto tempo, encontra o príncipe - não tão encantador assim - e continua a sua missão de limpar a casa, fazer comida e cuidar das cianças e ainda dos gatos, cachorros, passarinhos, ...

A Bela, aquela princesa muito curiosa, que justamente na hora da sua festa de 15 anos, teimou em fiar lã e espetou o dedo com uma felpa envenenada.
Tendo dormido por tanto tempo à espera do príncipe, ficou sonolenta e agora não consegue ficar acordada por mais de 30 minutos.
O príncipe já está perdendo a paciência !

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Biblioteca

Foi professora oficialmente por 32 anos - digo assim porque agora estou aposentada e só faço trabalhos como voluntária - e durante todo esse tempo foi armazenando muita bagagem, ou melhor, livros, pelos quais tenho muito carinho.

São tantos que organizei uma sala para ser a nossa biblioteca. Pelo menos uma vez ao ano, é preciso reorganizar os livros, tarefa que consegui terminar nessa semana. Ainda não ficou extamente como eu queria, mas está mais arrumadinha.

Essa é a estante maior. Nas prateleiras da direita, coloco os livros didáticos, dicionários, gramáticas. Nas outras, os livros de literatura. Tem de todos os estilos: romances modernos, clássicos, auto-ajuda, literatura juvenil, infantil, biografias ...

Já li todos eles, mas tem alguns livros que merecem ser lidos novamente. Acontece que sempre tem alguma novidade para conhecer ...

E nessa estante menor tem ... lá em cima, algumas coleções que, embora antigas, não tenho coragem de descartar, mais dicionários, atlas e literatura.

Alguns livros que merecem destaque:

Moby Dick, 1851, de Herman Melville, mostra muito mais que uma pesca de baleias pois trata de análises sobre a condição humana.

Crime e Castigo, do escritor russo Fiódor Dosteiéwski, que conta a situação dramática de um rapaz que comete um assassinato.

A leitura de O Processo merece atenção já que mostra uma séria crítica ao sistema, principalmente ao judiciário. O personagem principal Josef K é processado e não consegue descobrir qual a sua culpa .

Nas leituras das obras de Platão encontramos análises filosóficas sobre a sociedade.

A Outra Volta do Parafuso, escrito em 1898, por Henry James é um conto de mistérios e horror em que a personagem-narradora é atormentada por fantasmas.

Gustave Flaubert escreveu Madame Bovary em 1857 e ainda hoje é uma obra que merece ser lida. Conta a história de Emma Bovary, uma dama da sociedade que comete adultério. O livro marca o fim do Romantismo e inicia o período do Realismo, quando a sociedade foi retratada com todas as suas realidades cruéis.

Exposto acima desses, destaquei Romeu e Julieta, de Willian Shaquespeare. Romance que conta a história de um amor proibido.

E junto a esse grupo tão tradicional e clássico da literatura mundial, fiz questão de destacar o Código da Vinci, grande sucesso de vendas e que traz uma proposta inovadora que discute o cristianismo.

sábado, 30 de outubro de 2010

Livros

No dia 29 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Livro. Para demonstrar o carinho que temos pelos indispensáveis livros, mostro hoje uma maneira diferente de organizar a biblioteca que encontrei no site PDL.
A sugestão é criar um arco-íris partindo das capas de cores quentes (avermelhadas) para as frias (azuladas).
Não importa o tamanho da bibliotaca
Até com poucos livros na estante podemos formar um visual diferente.
O importante é não deixar os livros abandonados.
Imagens: PDL

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Para livros

Vasculhando a rede, encontrei alguns enfeites bem originais para amparar os livros.


Com a cabeça nos livros !



Levando a leitura junto


Livros e natureza: uma boa dupla

Imagens daqui

sexta-feira, 12 de março de 2010

Leituras

A sugestão de leitura que deixo hoje é O Evangelho Segundo Jesus Cristo, do escritor português José Saramago, publicado em 1991.
Como o título indica, o autor nos apresenta a história da vida de Jesus Cristo. Mas de forma desvinculada do cunho religioso, como estamos acostumados a ver. Nessa leitura, encontraremos um Cristo humanizado, cenas surpreendentes e muitas reflexões.
Boa leitura!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Leituras



Com a proximidade das comemorações do Dia Internacional da Mulheres, lembrei de um livro interessante que reúne crônicas de David Coimbra.

Com seu jeito peculiar de analisar pessoas e situações, o autor, ao mesmo tempo que nos diverte com seus "causos", nos faz pensar sobre a trajetória feminina e as relações sociais, amorosas, políticas, trabalhistas, etc, etc, etc.
Uma ótima leitura!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Leituras

Precisamos falar sobre o Kevin


O livro da norte-americana Lionel Shriver ( We need to talk about Kevin) já nos deixa curiosos pela capa. E ao iniciarmos a leitura, começamos refletir muito sobre as relações familiares, a violência, a sociedade, o amor materno e principalmente sobre a mente humana.

A história conta sobre a vida do adolescente que assassinou de forma muito bem elaborada ( se é que se pode dizer assim ) os professores e os colegas de escola.

Um final chocante, faz da leitura desse livro uma experiência sem igual como um alerta para como podem se transformar as relações humanas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A alma

Fiquei emocionada ao ler a coluna de Paulo Sant'Ana hoje. E pensar que pessoas fazem verdadeiras torturas com os animais.
A propósito: animais têm alma ?

Imagem:galeria.colorir.com/animais/caes/poodle-pinta...


A alma da Pink

Morreu minha cadelinha Pink, com 13 anos de idade.

Era a única pessoa que me fazia festa quando eu chegava em casa. Era de ver-se a alegria de que ficava tomada, saltando, latindo, esperando de mim uma reação afetiva.

Morreu a minha cadelinha poodle, pelos eriçados, cor de chumbo, olhos alertas, uma alegria de viver que se transmitia a todos.

Morreu minha cadelinha Pink, e eu ainda tropeço nela no corredor como se ela ainda existisse, tenho o cuidado de fechar a porta do quarto para que ela não entre e não suje o tapete. É incrível, mas eu procedo ainda como se ela vivesse. Impregnou-se tanto em minha vida, que a minha existência prossegue tendo-a como companheira de todas as horas.

Não dá para esquecer que, quando eu saía de casa, ela mostrava uma angústia tremente, parecendo que ia me perder para sempre.

Como eu, tinha labirintite. Como eu, deve ter sofrido muito. Em seus últimos dias, tossia muito a pobrezinha, sobrevivia à custa de muitos remédios, mas ostentava um petulante orgulho de viver.

O que me amassava era que ela não podia transmitir o seu sofrimento. O que será que pensava quando a tontura lhe tirava o apetite de viver? Como deve ter na sua mudez se desesperado por não poder dizer o que sentia. Era uma dor sozinha, um isolamento, sei lá como se sentem os animais quando adoecem e talvez não percebam que podem morrer.

Um vazio percorre a casa. Aquela ânsia permanente por outra comida que não fosse a ração, aquela curiosidade por tudo o que se fazia em torno dela, aquele rosnar furioso e com latidos quando a gente ameaçava, brincando, que iria tocar na sua cama e no seu lençol, são todas imagens que não se apagam da minha lembrança.

Os cães têm alma, tenho certeza disso. Se ela não tivesse alma, não teria deixado tamanha saudade. Não tivesse e não se apoderaria de mim esta tristeza que me penetra como um punhal de nostalgia da Pink.

Aquele sonho de que, depois da morte, iremos encontrar com nossos seres queridos tem no meu caso como centro a figura da Pink.

Mimosa, querida, adorada, vai estar no céu entre meus amigos e meus parentes, agitando a todos com seus latidos e aquele olhar suplicante por comida diferente.

Mimosa, dedico todos os dias para ti uma boa e quieta quantidade de lágrimas .


Paulo Sant'Ana


ZH 09/12/2009

Leituras


Sempre digo que a leitura de livros é sempre um tempo em que muito se ganha.
Primeiro - e o mais importante - pelo prazer de apreciar uma história, seja ela real ou ficção.
Depois vem a proximidade com as palavras e as construções da Língua, os conhecimentos de outros povos, sociedades, épocas e tudo o mais que a leitura proporciona.
Depois ainda - mas não nessa ordem - a oportunidade de viver vidas bem diferentes das nossas ou encontrar situações iguais as que já conhecemos. É bom ver nas personagens, traços de pessoas próximas de nós e poder analisar seus comportamentos. Sem falar nas situações mostradas e seus desenredos.

E se o livro for chato, não for de nosso interesse? Só lendo para saber, não é ? Se não começamos, nunca saberemos ...

Livros que li, e recomendo:



Marley e Eu - John Grogan

Digo que o livro é muito melhor que o filme, mostra mais detalhes da convivência do "terrível cão" com a família .

Vale pela mistura de descontração e emoção.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Feira do Livro


Desde 1955 Porto Alegre oferece aos visitantes a oportunidade de ampliar o contato com o mundo da Literatura.



A Praça da Alfândega, localizada bem no centro da cidade, é o lugar em que as editoras e livrarias montam suas barracas onde oferecem os lançamentos além de todo o acervo literário, fazendo com que o evento seja a maior feira de livros a céu aberto da América Latina.

A Feira é organizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro e oferece diversas atividades culturais a leitores de todas as idades. São Seminários, Exposições, Oficinas, Sessões de autógrafos, Hora do Conto, Apresentações de teatro e musicais, Bate-papo com Escritores e muito mais atrações que se realizam em locais próximos à Praça, como no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, no Memorial do Rio Grande do Sul (Margs) e no Santander Cultural.


Existe também um espaço especial na Feira, a Área Infantil e Juvenil, que funciona no Cais do Porto. Lá os milhares de alunos provenientes de Escolas de todo o Estado podem interagir com personagens, manusear livros e participar das diferentes atividades que fazem parte da programação da Feira.

A 55ª Feira do Livro de Porto Alegre conta com 169 expositores e aguarda mais de 80 mil visitantes, até o dia 15 de novembro.
Imagens: Internet

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pantalonas


A volta da pantalona

Eu tinha uma pantalona cor-de-rosa, uma vez. Sentia o maior orgulho daquela pantalona cor-de-rosa. Porque vivíamos numa época de pantalonas. Lembro de um diálogo de dois caras mais velhos, no portão da frente do colégio. Um deles dizia:

- Tenho uma pantalona que é bem apertada aqui na coxa e, quando chega ao joelho, se abre até ficar desse tamanhão - e mostrava as duas mãos abertas, os dedos em cê, formando uma circunferência do tamanho de um Long Play.

O outro se admirava:
- Ela arrasta no chão?


- Arrasta.


- Massa!


Minha pantalona não era tão massa, mas fazia certo sucesso nas reuniões dançantes, sobretudo quando a usava com uma camisa amarela que tinha, com golas que desabavam pelos ombros abaixo, a camisa obviamente aberta quase até o umbigo e, no peito, um medalhão à la Rei Roberto. Nos pés, um Bamba branco que usei até rasgar de puído. A maior elegância.


Atualmente, esse figurino causaria espécie, bem sei. Só que tem o seguinte: a pantalona já voltou! Há poucos anos, as mulheres usaram pantalona novamente, lembram? Sabe por quê? Porque tudo volta. (...)


David Coimbra


Zero Hora 26/02/08
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